Proteção e Segurança Radiologica
A Proteção Radiológica pode ser definida conjunto
de medidas que visam a proteger o ser humano contra
possíveis efeitos indesejáveis causados pela radiação
ionizante ou ainda como um padrão apropriado de
proteção para o homem sem limitar os inegáveis
benefícios das aplicações das radiações ionizantes.
O conhecimento e a prática de
proteção radiológica é o que possibilita a todos os
IOEs (Indivíduos Ocupacionalmente Expostos) retornarem
para suas casa após um dia, uma semana, um ano , uma
vida de trabalho com a mesma saúde com que possuíam ao
iniciarem sua jornada.
Desta forma caros Tecnólogos e Técnicos em Radiologia tenhamos muito apreço por este conhecimento que nos foi ofertado pelos que vieram antes de nós e que não raro pagaram com sua saúde e as vezes com suas vidas para que pudéssemos trabalhar com segurança. Faço este alerta pois ultimamente tenho escutado de alguns de meus alunos quando tem que escolher um tema de monografia, a cause heresia que escolheram falar sobre proteção radiológica, pois na visão destes alunos, seria um tema simples e fácil.
Caros proteção radiológica nunca foi "simples e fácil" e nunca será um tema menor na radiologia. Muito ao contrário sempre foi e sempre será um tema de primeira grandeza e que infelizmente, muitos desconhecem. E este desconhecimento faz com que tenhamos que presenciar situações absurdas em algumas salas de exame ou ainda conviver com alguns profissionais que simplesmente não conseguem diferenciar o é contaminação do que é irradiação e muito menos quais as áreas em que um ou outro pode ocorrer.
Assim companheiros nesta página trataremos de vários conceitos importantes sobre proteção radiológica que tem grande impacto em nosso dia a dia de trabalho.
Desta forma caros Tecnólogos e Técnicos em Radiologia tenhamos muito apreço por este conhecimento que nos foi ofertado pelos que vieram antes de nós e que não raro pagaram com sua saúde e as vezes com suas vidas para que pudéssemos trabalhar com segurança. Faço este alerta pois ultimamente tenho escutado de alguns de meus alunos quando tem que escolher um tema de monografia, a cause heresia que escolheram falar sobre proteção radiológica, pois na visão destes alunos, seria um tema simples e fácil.
Caros proteção radiológica nunca foi "simples e fácil" e nunca será um tema menor na radiologia. Muito ao contrário sempre foi e sempre será um tema de primeira grandeza e que infelizmente, muitos desconhecem. E este desconhecimento faz com que tenhamos que presenciar situações absurdas em algumas salas de exame ou ainda conviver com alguns profissionais que simplesmente não conseguem diferenciar o é contaminação do que é irradiação e muito menos quais as áreas em que um ou outro pode ocorrer.
Assim companheiros nesta página trataremos de vários conceitos importantes sobre proteção radiológica que tem grande impacto em nosso dia a dia de trabalho.
Fontes de radiação ionizantes
Durante toda a vida, os seres humanos estão expostos diariamente aos efeitos das radiações ionizantes. Estas radiações podem ser de origem natural ou artificial.
- Fontes naturais: Materiais existentes em nosso
meio ambiente capaz de emitir, naturalmente radiação
ionizante.
- Fontes artificiais: Equipamento ou material,
criado ou modificado pelo homem, capaz de emitir
radiação ionizante.
As radiações ionizantes naturais existem em qualquer ambiente, pois não há um só lugar isento delas. O nosso organismo se desenvolveu se adaptando aos fatores do nosso meio ambiente e assim sendo desenvolveu os mecanismos de defesa que são necessários para que possamos conviver com estes níveis de radiações naturais sem que tenhamos qualquer problema por isso.
Desta forma as ações de proteção radiológica são concentradas no uso de fontes de radiações artificiais, minimizando os efeitos nocivos que poderiam advir do seu uso e reduzindo ao máximo as doses de radiação ionizante que os IOEs estão sujeitos em sua prática de trabalho.
Tipos de radiação ionizante
As radiações ionizantes são produzidas por processos de ajuste que ocorrem no núcleo ou nas camadas eletrônicas, ou pela interação de outras radiações ou partículas com o núcleo ou com o átomo.
Um núcleo de átomo excitado, que possui mais energia que a necessária ou possui mais nêutrons que o indispensável, irá expulsar esta energia. Esta emissão caracteriza a radioatividade do átomo.
Os principais tipos de radiações ionizantes para as ações de proteção radiológica são:
- Raios X: Os elétrons projetados no material alvo do tubo de raios X interagem com a coroa eletrônica ou com o campo nuclear, resultando na conversão de energia cinética dos elétrons em energia térmica (calor) e em radiação eletromagnética ionizante ou raios X;
- Raios gama ou transição isométrica: Tem por objetivo trazer o núcleo para um estado de menor energia, sem a perda de massa nuclear (próton ou nêutron) como ocorrem com outros processos radioativos;
- Radiação beta: é o termo usado para descrever elétrons (pósitrons e négatrons) de origem nuclear. Sua emissão constitui um processo comum em núcleos de massa pequena ou intermediária, que possuem excesso de nêutrons ou de prótons em relação à estrutura estável correspondente;
- Radiação alfa:
Átomos pesados com número de prótons e nêutrons
elevados podem emitir a partícula alfa (2 prótons e
2 nêutrons – 4 núcleons) e grande quantidade de
energia a fim de alcançar uma posição de maior
estabilidade nuclear.
As radiações alfa e beta são consideradas radiações diretamente ionizantes pois possuem carga elétrica (partículas alfa e beta), atuam principalmente por meio de seu campo elétrico e transferem sua energia para muitos átomos ao mesmo tempo. Possuem pouco alcance.
As radiações gama e os raios X são consideradas radiações indiretamente ionizantes pois não tem carga elétrica e interagem individualmente com elétrons transferindo sua energia e produzindo ionizações. Possuem grande alcance.
contaminação x Irradiação
Diferenciar os conceitos de contaminação e irradiação é indispensável para um IOE, pois caso não consiga passará o resto de sua vida profissional acreditando que pode se contaminar em uma sala de radiodiagnóstico.
- A contaminação se caracteriza pela presença de um material radioativo em contato com objeto ou corpo.
- A irradiação
é a exposição de um objeto ou de um corpo à
radiação. Pode haver irradiação sem existir
contaminação.
Assim sendo
como não há material radioativo em uma sala de
radiodiagnóstico é IMPOSSÍVEL se contaminar, o que
ocorre é a irradiação. Para outras áreas da radiologia
como medicina nuclear e indústria por exemplo além da
irradiação é possível a contaminação, pois há material
radioativo.
Princípios de proteção radiológica
Todas as ações de proteção radiológica são
apoiadas em três princípios fundamentais:
- Justificação da prática: Nenhuma prática ou fonte adscrita a uma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado. Deve-se considerar a eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o mesmo objetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposição a radiações ionizantes.;
- Otimização da proteção radiológica: Estabelece que as instalações e as práticas devem ser planejadas, implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam tão baixos quanto razoavelmente exequíveis (Princípio ALARA), levando-se em conta fatores sociais e econômicos, além das restrições de dose aplicáveis;
- Limitação da dose
individual: Os limites de doses
individuais são valores de dose efetiva ou de dose
equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse,
estabelecidos para exposição ocupacional e
exposição do público decorrentes de práticas
autorizadas, cujas magnitudes não devem ser
excedidas.
Os valores de dose efetiva se aplicam à soma das doses efetivas, causadas por exposições externas, com as doses efetivas comprometidas (integradas em 50 anos para adultos e até a idade de 70 anos para crianças), causadas por incorporações ocorridas no mesmo ano.
Para mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, suas tarefas devem ser controladas de maneira que seja improvável que, a partir da notificação da gravidez, o feto receba dose efetiva superior a 1 mSv durante o resto do período de gestação.
Indivíduos com idade inferior a 18 anos não podem estar sujeitos a exposições ocupacionais.
Os limites de dose estabelecidos não se aplicam a exposições médicas de acompanhantes e voluntários que eventualmente assistem pacientes. As doses devem ser restritas de forma que seja improvável que algum desses acompanhantes ou voluntários receba mais de 5 mSv durante o período de exame diagnóstico ou tratamento do paciente. A dose para crianças em visita a pacientes em que foram administrados materiais radioativos deve ser restrita de forma que seja improvável exceder a 1 mSv.
As doses recebidas por um IOE são analisadas levando em conta uma jornada de trabalho de 50 semanas/ano e uma semana de 40 horas/semanais. Somente em situações definas na legislação (Ex.: radiodiagnóstico) aplica-se a jornada de 24 horas/semanais.
procedimentos de proteção
radiológica
Procedimentos podem e devem ser adotados nos
serviços com uso de radiação ionizante buscando
otimizar as doses recebidas pelos IOEs reduzindo as
exposições ao menos valor possível nas práticas
realizadas.
- Tempo, distância e blindagem: A redução do tempo de exposição ao mínimo necessário, para uma determinada técnica de exames, é a maneira mais prática para se reduzir a exposição à radiação ionizante e quanto mais distante da fonte de radiação, menor a intensidade do feixe.
- Sinalização
- Dosímetros e Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
proteção radiológica em
radiodiagnóstico
Na utilização dos raios X nos procedimentos em radiodiagnóstico para atingir o objetivo radiológico, deve-se ter em mente que é o paciente que obtém o benefício do exame. Portanto todo meio de proteção radiológica deve ser utilizado para que as doses, principalmente nos trabalhadores, sejam tão baixas quanto razoavelmente exequíveis.
- Proteção dos IOE
- Efetuar rodízio na equipe durante os procedimentos de radiografia em leito e UTI;
- Utilizar sempre as técnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de repetição, reduzindo o efeito sobre ele da radiação espalhada;
- Informar corretamente ao paciente os procedimentos do exame, evitando a necessidade de repetição;
- Sempre utilizar acessórios plumbíferos e o dosímetro por fora do avental nos exames em que seja necessário permanecer próximo ao paciente;
- Utilizar o dosímetro pessoal durante a jornada de trabalho;
- Posicionar-se atrás do biombo ou na cabine de comando durante a realização do exame;
- Usando aparelhos móveis de raios X deve-se aplicar, da melhor maneira os conceitos de radioproteção (tempo, blindagem e distância);
- As portas de acesso de instalações fixas
devem ser mantidas fechadas durante as
exposições.
- Proteção dos pacientes
- Sempre fazer uso de protetor de gônadas e saiote plumbífero em pacientes, exceto quando tais blindagens excluam ou degradem informações diagnósticas importantes;
- Sempre buscar a repetição mínima de radiografias;
- Efetuar uma colimação rigorosa à área de interesse do exame;
- Otimizar seus fatores de técnica (tempo,
mA e kV) para uma redução de dose, mantendo a
qualidade radiográfica.
- Prevenção de acidentes
- Deve-se desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para minimizar a contribuição de erros humanos que levem à ocorrência de exposições acidentais.
- Manter as instalações e seus equipamentos de raios-X nas condições exigidas pela Portaria 453, devendo prover serviço adequado de manutenção periódica;
- Evitar a realização de exposições médicas desnecessárias;
- Compensações ou privilégios especiais para indivíduos ocupacionalmente expostos não devem, em hipótese alguma, substituir a observação das medidas de proteção e segurança.
- http://www.lucianosantarita.pro.br/ProtRad.html