Fique Ligado!
Como educador e formador de profissionais, fica impossível deixar passar despercebido, certa preocupação com alguns estudantes (minoria), mediante em levar a sério nossa profissão. Nunca tive problemas diretos com isso, mas é fato que a falta de comprometimento de alguns alunos, de uma forma ou de outra, merece uma abordagem diferenciada.
NÃO sou contra o uso de celulares, tablets e notebooks na sala de aula.
Desde que o mesmo seja utilizado em favor do aluno e da disciplina passada. Eu mesmo, sempre lanço perguntas durante a aula, para que os alunos disputem entre si, quem encontra a resposta primeiro, e isso engrandece a aula. Mas nem sempre é assim. Existe sempre um ou outro que não consegue se desprender das redes sociais durante as aulas. Você pode até pensar: “mas ai o problema é do aluno... ele que está deixando de aprender”. Concordo, mas quem já foi meu aluno sabe que gosto de envolver todos na aula. E isso ás vezes “quebra o clima”.
A preocupação é ainda maior quando o responsável pelo estágio comunica à instituição para informar que o futuro do estágio está comprometido, porque durante os estágios alguns alunos não deixam o celular e as redes sociais nem mesmo para cadastrar um exame no computador. E mais que isso, acreditem, chegam a dizer ao supervisor de estágios, para “esperar um pouquinho”.
Como está o futuro de nossa profissão? Que tipo de profissionais estamos formando?
Você deve estar pensando que estou generalizando, mas com apenas 15 anos de profissão e após formar oito turmas, posso lhe garantir que, por mais absurdo que pareça, alguns destes desinteressados alunos, conseguem emprego antes dos comprometidos. E a população que necessita de fazer exames, não sabe se aquele ou aquela profissional foi aluno exemplar ou não. É por esse e outros motivos que temos hoje no mercado, meros “apertadores de botão”. Pessoas que se dizem profissionais, mas não sabem, ao menos, reduzir dose de acordo com o biotipo de cada paciente. Apertadores de botão, que nunca fizeram uma reciclagem. Sei que são minoria, mas estão espalhados entre hospitais e clínicas, atendendo você e sua família.
- Que tipo de profissional queremos?
- Que tipo de profissional buscamos?
- Que tipo de profissional formamos?
A culpa é só dos formadores? Das instituições que visam lucros ao invés de qualidade?
O que fazer então com os artigos 16º ao 21º, capítulo VII de nosso Código de Ética?
Acredito que vale a pena a todos, não apenas alunos, formadores e instituições refletirem...
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